quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os Inquilinos...?

Tudo começou a um ano e três meses atrás. Setembro de 2010. Estavamos prestes a nos casar, quando escutei a frase: vamos ter um gato? UM GATO? Mas eu nunca tive um gato e, confesso, nunca me encheu os olhos. Já tive um cachorro mestiço de pinscher com chiuaua. Viveu com a minha família durante 12 anos. Quando morreu foi uma choradeira daquelas! Mas gato?? Bom, tudo bem. Gato não da trabalho e dizem que não se apega aos donos, então não vou sofrer quando morrer. Mas aí... - "vamos ter DOIS gatos?" -" DOIS?????" -"É, são irmãos, e é bom que um faz companhia pro outro, já que não paramos em casa!"
Fabricio sempre foi apaixonado por gatos. Desde crianças. Já perdi a conta de quantos nomes de gatos já ouvi em meio as suas histórias. -" Vai, tudo bem! Mas vc vai cuidar da higiene deles, está ouvindo?" Depois de decididos e acordados, adotamos o casalzinho de irmãos. Mingau e Aveia, da raça Pelo Curto Brasileirinho (Gato é tão chique que não se fala mais vira-lata. Mas o porquê da escolha desse nome para a raça é interessante. Coloco em outro post). Os nomes Mingau e Aveia vieram da Turma da Mônica, da qual sou fã número 0. É o gatinho da Magali e sua namoradinha. Enfim, e lá fomos nós buscar os dois.
Paixão a primeira vista. Tanto que o Mingau nem viria, iria ser um outro irmãozinho. Tamanha foi nossa paixão que a dona da mãe-gata se compadeceu e nos deu os dois. Iguaizinhos. Tanto que demorou pra sabermos quem era quem. Igual irmãos gêmeos, sabe? Ficaram na nossa casa mais ou menos um mês sozinhos, visto que não havíamos nos mudado. Não se preocupem, ficavamos lá quase o tempo todo cuidando deles. Todos os dias. "Mobiliamos" a casa pra eles. Só dormiam lá dentro, na nossa cama, sozinhos. O resto do dia, era com um de nós dois ou nós dois e mais irmãos, mães, amigos etc.
Puxa vida! Doce ilusão de quem pensa que gato não se apega! Em uma semana já estava totalmente apegada a eles. E eles a mim. Logo passaram a atender pelos nomes. Mas obediência só a Fabricio! Aveia sempre foi bem mais calma, mas carente, exigente de carinho. Sempre colocanso sua cabeça em nossas mãos e miando por carinho. Mingau, o amigão de todas as horas. Deitava enrolado nas nossas pernas, braços. Até que ele pegou a mania de dormir enroscado em meus cabelos. Quase se perdia lá. E ronronava tão alto que eu nem conseguia dormir!
Em dezembro desse ano (2010) passamos em frente a uma loja de animais (que inclusive deveria ser apreendida tamanha corvadia com os animais) e vimos uns bichinhos (não me lembro quais agora) numas gaiolas empilhadas. Entava em cima. Quando cheguei perto dessa gaiola, senti algo abraçando minhas pernas na gaiola de baixo. Qual não foi minha surpresa quando olhei e vi uma filhotinha de Siamesa mestiça me segurando, por entre as grades da gaiola! Nem preciso dizer o resultado né! Passei o resto do dia falando nela até que o Fabricio não resistiu que voltou lá e a pegou.
E foi a Mel lá pra casa. Piquitucha que cabia na mão! Acho que deveria ter um mês no máximo! Mas, quando ela chegou em casa... Aveia nunca mais foi a mesma! De calma, que cada lambida durava minutos, passou a estressada e desesperada! Aveia se incomodou tanto com a presença da Mel que pegou um siricutico que até hoje se vê os nervos nas costas dela se retrcerem! Tadinha! A Mel estava com um cheiro tão forte que Aveia só sossegou quando demos um banho na novata! Mingau, nos primeiros dias, só ficava de longe. Mas não demorou muito pro boa praça já pegar carinho e adotar a novata! Aveia nem chegava perto. Só foram criar laços estreitinhos a pouco tempo, quando as duas emprenharam juntas! Viraram comadre, a ponto de uma amamentar o filhote da outra. Mas isso é assunto pra outro post!
Seriam os três. Pronto! Mas uma coisa que não confessei aqui é que sou a-pai-xo-na-da pela raça Chartreux! Ou gato azul-russo. Sao duas raças parecidíssimas e sempre falava com Fabricio que tinha que ter uma vaga pra um filhote desse lá me casa! -"Mas Mili, já temos três!" -"Mas eu queeeero!" E ficamos vigiando um aparecer.
Pouco tempo depois descubro DOIS dessa raça na minha rua! E machos! Aháááá, um deles me dará um filhote russo! Resumo atual, o amigão dos meus filhotes, um gatão liiindo russo chamado Zoe, da nossa vizinha, emprenhou três vezes lá em casa e NÃO TEVE UM FILHOTE RUSSO! Ainda assim, fiquei no aguardo de achar algum pra adoção...! rs
Um dia em Cabo Frio, vi, pela primeira vez ao vivo, um gato amarelo! -"FABRICIOOOO, QUE GATO LINDOOOOOO!" -"Ihhhh, pronto! Não vai prestar!". Minha mãe teve uma gata amarela, que teve filhotes amarelos. Fabricio teve um gato amarelo. Todos eles falavam desses gatos com tanto brilho tamanha era sua lindeza. E eu nunca tinha visto! Aaaah, depois que vi um ao vivo...-"Quero um gatinho amarelo!" -"Mas e o russo? A "vaga" não é dele?". -"Xii, e agora? Bom, o que aparecer primeiro. Ah não, quero amareeeeeelo!" (não, não era uma criança. Era eu mesma rs)
Poucos meses depois, recebo um email de uma amiga, Sheila, nos zuando com um filhote pra adoção (nota: meus amigos me zoam demais, falando que eu vou ser a mulher dos 150 gatos!). No corpo do email ela dizia: "Miliane e fabricio, querem? huahuahuahua" e abaixo a história do amigo dela que achou o filhote e a foto. -"UM FILHOTE AMARELO??" Eu e Fabricio respondemos o email dizendo "QUEREMOS!" A Sheila ainda retorna, "sério?"
E aí veio o Fubá. Foi achado no meio do lixo pelo amigo da Sheila que passeava com a filha. Pegaram, deram banho, trataram dele e estavam dando pra adoção, pq já tinham um cachorro. Ele chegou pra nós limpinho, sem muitas pulgas mas com um barrigão enoorme de verme. Levamos ao veterinário, tratamos dele e ainda estamos tratando. Não do verme. A barrigona foi embora. Agora ele está com pequena infecção, com direito a febre e tudo. Já está melhor, ta sendo medicado e tratado. É a alegria da casa e dos outros gatos. Ele não teve muito problema de adaptação, pq a Aveia, que é a mais cri-cr,i estava amamentando e no mesmo dia já o adotou e ele tampou no peito pra mamar. Mingau, como sempre o paizão. Só a Mel que demorou. Deu até uma coça nele uma vez e tudo. Mas agora já brincam e bagunçam juntos.
As vezes olho pra eles e acho que eles se sentem os donos da casa. Outra hora, acho que eles sabem o lugar deles. Somos donos? Ou inquilinos? Será que eu que cedi a minha casa a eles, ou eles pensam que eles é quem deixam a gente morar? Não sei. Mas estamos nos dando bem, isso que importa! rs
Taí. De indiferente pra amante de gatos. Eles me divertem, me ensinam, me emocionam com todas suas bagunças. Já ouvi muito que preciso de um filho, pra largar os gatos! Sim, vou ter filhos. Nao agora. 2013 talvez. Mas os quatro estarão lá, esperando a chegada do bebê pra aumentar a família e fazerem muitas farras juntos!
Ainda tenho muitas histórias deles e com certeza virão mais. Aos poucos vou registrando e compartilhando por aqui pra outros amantes e donos de gatos. Ou inquilinos!

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