Essa foi a afirmação mais esquisitas que ouvi ate hoje sobre relacionamento entre humanos e gatos.
Mingau sempre foi um excelente gato. E é até hoje. Super companheiro, protetor, um tio e tanto para os filhotes, um irmaozão pra Aveia e Mel! Mas...
Quando aconteceu o primeiro cio da Aveia, alguns gatos começaram a rodear a casa. Até aí tudo bem. Mingau protegia muito bem o seu território. O problema foi quando ele confundiu onde terminava o território dele e onde começava o meu!
Logo depois da Aveia, a Mel cresceu! Veio o primeiro cio. Acho que os gatos da vizinhança não agüentaram e começaram a entrar na minha casa. E o Mingau, muuuuito protetor que só ele, começou a delimitar o meu território! Ou dele! Ou o que ele pensava ser dele. Dentro de casa!
Aquilo me angustiava de tal forma, a ponto de uma vez, quando amigos meus foram lá em casa numa noite, pedirem para eu parar de cheirar tudo que era canto, com desinfetante e “anti-odores”, sem relaxar um só minuto! Era só eu senti vestígio do cheiro que já fazia um verdadeiro escândalo.
Uma vez o peguei no flagra. Ah! Pra que! Corri atrás dele, e, nós dois, demos umas cinco voltas pela sala. E eu não consegui pegá-lo. E Fabrício gargalhando horrores dentro do quarto. Sem eu ver, claro. Algumas vezes ainda se ouvia os berros ecoando pela casa. “Aaahhhh gato danado! Volta aqui e sente o cheiro! Por que você fez isso comigo??? E claro, o grito inconfundível de que ele aprontou, o grito em que expresso todo o meu desespero, angústia, revolta. O Grito! MMMMMIIIIINNNNNNGGGGGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUU!!!!!!!!!!
Quando Fabrício ouvia esse grito, aliás, não só ele, mas também a Mel e A Aveia, simplesmente desapareciam de casa! E claro, o Mingau também! E lá ia eu, pegar o álcool, o desinfetante e o anti-odores limpar o rastro!
Mas a gota d’água pra mim foi quando o inesperado aconteceu. Eu estava prestes a sair de casa para levá-lo ao veterinário para uma consulta e conversar sobre esse comportamento. Já arrumada, fui colocar ração para as outras que ficariam em casa, quando, ao abaixar para pegar o pote, sinto algo quente em minhas pernas. Sim, era o Mingau.
Nem consegui gritar o tão famoso grito. Levantei-me, devagar, com a pior cara possível, nem respondia ao Fabrício que me perguntava “o que foi? Ele mijou em você??” Entrei no banheiro, tomei o meu banho, me troquei, e ali não tive dúvida. Ele iria ser castrado naquele dia.
Cheguei a veterinária e soltei as lamentações. E o danado quietinho, deitado, fazendo charme pra doutora. A primeira que eu ouvi foi “Aah que isso, mas ele parece tão bonzinho, tão comportadinho, olha só” e o agarrava. “Hãã? Comportado?! Doutora, esse gato acabou de mijar em mim!!!” Foi aí que eu ouvi, no momento, a pior, a mais triste, a mais irônica de todas as frases: “OOOOOOOONNNNWWWWW ELE TE TEM COMO PATRIMÔNIO!! ESTAVA TE DEFENDENDO!!! QUE LIIIIIIIINDOOOOO! ASSIM COMO ELE DEFENDE AS OUTRAS GATAS, ELE ESTÁ TE PROTEGENDO!” Juro que ali, com o sangue fervido de tudo que ele tinha me feito e inclusive a proeza de algumas horas atrás, pensei até na 20º geração daquela veterinária. Mas só pronunciei: “Pode levar. CASTRA!”
Mas brincadeiras a parte, depois me senti honrada com esse instinto protetor dele comigo. Várias ocasiões me comprovaram isso. Um companheirão! E já estava mesmo pensando em castrá-lo. Não queria vê-lo mais machucado, estressado. Claro que a marcação me deu um enorme empurrão. Mas sou a favor de castrar os bichinhos pra evitar doenças, machucados e filhotes. Evitar filhotes? Iiiihhhh... esse é um assunto que vai dar pelo pra gato nesse blog!
Merece replay: "ownnn tava te defendendo..." huahuah tadinha!!! E ainda tem que ouvir isso!
ResponderExcluirMuito legal o blog Mili, posta mais!!! bjs :)
ahh, eu tinha um gatinho siames a muito tempo atrás, a gente se dava muito bem, e um dia ele fez xixi em mim também. no meu braço, eu estava sentada e ele veio do meio lado e fez xixi em mim. eu nunca entendi esse comportamento, agora tudo fez sentido! ahuaauuaauuauah ele só queria me proteger ahuauahh
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