segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Cara de um, focinho do outro!


Todo mundo diz que os animais de estimação se parecem com seus donos. Ou seriam os donos que acabam se parecendo com seus animais? Até ao ponto de...se entenderem!
Vez em quando, pego Fabrício em alta sintonia com eles. A cena mais engraçada foi em um finalzinho de tarde, eu, em mais uma cena de estresse com o Mingau por causa da marcação de território. Fabrício escutou o meu bendito grito MINGAAAAUU!!! E dessa vez, veio ver.
Falei, reclamei, lamentei e disse que eles iriam pra fora de casa! Nada de gato mais lá dentro, porque eles não dão valor, e blá blá blá! Pronto. Decidida, entrei no quarto e fechei a porta. A porta desse quarto fica de frente pra mesa na sala.
Quando abri a porta pra ver o que se passava, devido ao silêncio que pairou no ar, me deparo com Fabrício na porta do quarto onde eu estava, o Mingau sentado, de lado, perto da mesa e a Aveia sentada no espaço entre os dois.
Fabrício: - “ E aí, Mingau? Como vai ser heim? Ela ta querendo que vocês fiquem do lado de fora! Precisava disso? Se você se comportasse, não iria acontecer nada! Aí Aveia, fala pra ele! Não ta dando não, cara! Não pode fazer isso.”
E o mais impressionante era como eles estavam ouvindo, atentamente o Fabrício! Aveia o olhando e o Mingau desviava o olhar entre Fabrício e o horizonte reto a sua frente! Até o momento que o Fabrício falou –“Agora pode ir.” E o Mingau levantou e saiu e a Aveia foi atrás.
Fabrício percebeu que eu estava presente, assistindo, sem entender nada mas espantada com aquela conversa toda, me olhou e disse –“Sei lá! Vai que entende?”
Depois dessa cena presenciei várias outras do mesmo estilo. Várias conversas e vários olhares atentos com direito a obediência no final da parte do Mingau. Esses dias atrás lembrando esse ocorrido, questionei como podia esse comportamento do Mingau, de até obedecer e só levantar depois da permissão. Fabrício me explicou, detalhadamente como ele imaginava como os filhotes entendem, e miou me explicando a entonação, dizendo que os gatos entendem na forma de miado, mas seguem a mesma entonação da voz. Fiquei parada ouvindo ele me explicar e pensando “meu Deus, o caso é pior do que eu pensava!”
Não sei porque, mas sinto que eu serei a parte mais afetada dessa cumplicidade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário